Estou fora da disputa eleitoral de 2010

De volta a Alagoas desde o final de abril, iniciei uma profunda reflexão sobre a continuidade de minha pré-campanha com o possível registro de minha candidatura a uma vaga para o cargo de Deputado Estadual no pleito de 2010. Contudo uma série de fatos inesperados me levou a decidir por renunciar a disputa eleitoral deste ano.

O primeiro dos motivos que me fizeram tomar esta decisão diz respeito ao não preenchimento de um importante requisito legal para esta disputa: A não informação junto à Justiça Eleitoral de minha filiação partidária no prazo legal (Estou filiado ao PSOL desde 29 de setembro de 2009). Esta informação era de responsabilidade do diretório municipal do partido, ou seja, do diretório do PSOL em União dos Palmares, porém um equívoco sobre este prazo causou o prejuízo que embora pudesse impedir o registro de minha candidatura era passível de recurso, conforme previsão legal de resolução do TSE para o pleito de 2010.

Contudo, o segundo fato, não apenas motivou-me a não recorrer judicialmente da não informação no prazo legal de minha filiação partidária, como também me levou a decidir por me afastar da disputar eleitoral de 2010: Trata-se da gestação de meu primeiro filho. Algo capaz de me fazer repensar minhas ações, meus objetivos e traçar novas estratégias de vida.

Este segundo fato norteou minha decisão, pela renúncia da disputa, visto o risco inerente a uma campanha eleitoral no “país” das Alagoas, onde a lei é mera letra, fria e sem valor moral, com peso ZERO para os “amigos” dos juizes e impiedosa para com os filhos da pobreza. Um “país” marcado pela violência e que tem dentre os maiores bandidos aqueles que deveriam combater as organizações criminosas: Policiais e políticos.

Guardo em meu peito a dor da renúncia, o amargo gosto de não poder oferecer ao meu povo uma opção contra os assassinos e ladrões que hoje, e há décadas, estão no poder, contudo não posso entregar minha vida aos carcarás da política alagoana, sem que ao menos escute o primeiro choro de minha semente. Do filho que embora tenha chegado sem planejamento dos seus pais, será recebido pelos seus pais com muito amor e toda dedicação que uma criança merece.

Entretanto não posso encerrar minha participação neste pleito sem que antes registre minha opinião sobre a importância dele para a história de Alagoas. Esta é a hora do renascimento ético de nosso estado, bastando aos homens e mulheres de bem desse estado a união de esforços em torno do mesmo objetivo: A moralização política de nosso tão sofrido estado. Votem com responsabilidade! Excluam de suas listas de opções todos os políticos que foram denunciados, ou que figuraram como meros SUSPEITOS, no envolvimento de qualquer ato ilícito. Veja quais pessoas apóiam os presentes em sua lista de opção e se esses apoiadores também tiverem envolvimento, ou mera suspeita, com atos ilícitos exclua imediatamente o nome de sua lista de opções de voto. Diga não a criminalidade institucionalizada no estado de Alagoas!

Volto a ratificar que apenas um palmarino fará por União dos Palmares o que ela de fato carece. Apenas um palmarino dará a nossa amada terra o respeito que nós merecemos. Contudo não é qualquer palmarino, é preciso que preencha os requisitos mínimos de ética e de conhecimento técnico que um político necessita possuir. De forma que recomendo expressamente que fiquem fora de da lista de opção de votos dos palmarinos todos os forasteiros, ainda que de cidades vizinhas, como é o caso de Renan Filho e Neno da Laje, bem como os palmarinos: Nelito Gomes de Barros e Emanuel Paulo da Silva (O Paulinho do PT) pelas suspeitas recaídas sobre o primeiro e pelas suspeitas que circundam alguns apoiadores do segundo, que embora deixe de elencá-los por agora, posso faze-lo caso seja compelido.

Com este comunicado oficial, que ora faço, aguardarei a manifestação de meu partido, o PSOL, sobre o lançamento de um nome de minha cidade para a disputa que se aproxima. Aqui quero defender os nomes dos companheiros: Carlos Leão e Marciângela Gonçalves para que me substituam nesta disputa e assim preencham a lacuna que deixarei dentre as opções contra os assassinos e ladrões da política alagoana.

Todavia, aproveito a oportunidade para publicamente requerer ao meu partido permissão pública para que, caso não haja o lançamento de um nome da minha terra natal, eu possa militar em prol da candidatura de Genisete de Lucena (PT), guerreira ética e preparada tecnicamente para representar o povo de União dos Palmares e toda Zona da Mata na Assembléia Legislativa de Alagoas. Irei me fazer presente, algumas vezes, no decorrer desta campanha para defender a candidatura do companheiro Mario Agra para o Governo do Estado e da companheira Heloisa Helena para o Senado Federal e o candidato a Deputado Estadual que o meu partido lançar em minha região ou o da companheira Genisete, como já relatado.

Para concluir agradeço a Deus, pai criador, pelas oportunidades que me foram ofertadas, a ele ainda pela paternidade que me foi presenteada aos 31 anos de idade. Aos meus amigos pelo companheirismo, confiança e incentivo. Aos meus leitores pelos comentários, por vezes críticos, que me fizeram construir meu perfil político e pessoal. Aos meus familiares pelo afago e suporte para esta caminhada.

A todos ainda peço desculpas por não seguir em frente, por não poder concluir a tarefa que aceitei com orgulho, e que renuncio por amor paterno. Continuo em Alagoas nos próximos dias, a disposição de todos que queiram ou precisem de uma explicação sobre minha decisão, já que devo a toda sociedade as explicações que ela desejar, visto que pleiteava uma função pública. Registre-se por oportuno que não saio da vida pública, até porque ainda não a iniciei em plenitude, apenas adio um sonho para outro momento, onde a minha vontade se alinhe a vontade popular. Que venha 2012! Que venha o próximo pleito eleitoral e os fatos inesperados que decidiram as nossas vidas.




Maceió, 31 de maio de 2010.



JOSIVALDO BATISTA RAMOS

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