Manoel José da Silva conhecido por João, cunhado do Rafa, conta o que está acontecendo.



Conversamos com a família e os amigos e pedimos autorização para gravar a entrevista e divulgá-la, a nossa intenção é de divulgar as medias que foram tomadas antes do fechamendo da BR.
 
Teve uma tentativa de assalto aí na cidade e na hora que a polícia foi fazer a ocorrência o indivíduo do assaltante chegou a passar na residência da gente, na porta da nossa casa, inclusive na hora meu cunhado tinha vindo jogar uma bolinha aqui, o assalto foi lá no comércio, ele tinha vindo jogar uma bolinha aqui atrás da Schin. Isso foi uma duas horas da tarde e na hora que ele chegou em casa umas 16h os colegas com quem ele joga dominó na esquina disse: - Rafa, pega essa tábua aí de dominó pra gente jogar dominó aqui. Na hora que ele pegou a tábua e atravessou a rua pra chegar na esquina veio o individuo que fez o assalto. Vem chegando perto o outro que fez tinha o cabelo moicano, foi o que a mulher da loja falou. Aí tudo que a polícia veio fazer a, veio em busca do assaltante, aí chegou e não procurou nem saber quem o outro menino era. Chegaram, já botaram dentro do carro e já levaram, quando chegou lá, na loja, aí a mulher foi fazer o reconhecimento, dentro do camburão foi fazer o reconhecimento, ela firmou dizendo que era o rapaz. Uma coisa que ela podia estar apavorada e na hora que aqueles homens chegaram lá ter identificado a pessoa errada, né? Aí ficou lá, aí a gente foi pra delegacia, chegamos lá e conseguimos falar com os homens, mas não teve jeito, com o delegado com tudo, mas não teve jeito na terça-feira ele dormiu preso. Já entramos na mesma noite com o advogado, várias gentes grande aqui da cidade que deram uma força e não deu jeito. Na quarta-feira junto com o advogado e o advogado disse: - Vamos soltar. Aí nesse caso solta hoje, solta amanhã, aí ficou pra sexta-feira, na quinta-feira uma noite antes, quinta-feira, nós teve no fórum, o Juiz apesar da audiência que ele tava lá no trabalho dele, oito horas da noite, mas atendeu a gente, deu uma liberação pra gente passar pelo delegado e falou pra gente “Isso aí só depende agora do delegado”. Na sexta-feira a gente foi pra delegacia que tava certo pra soltar ele na sexta-feira, tava certo pra falar com o delegado. O delegado não apareceu, nisso a outra vítima o rapaz quando foi preso disse quem era o outro acusado, o outro assaltante, disse que não conhecia nem meu cunhado, disse que ele não estava envolvido, disse o nome da outra pessoa que estava com ele, que tinha treze anos, nisso a polícia não se manifestou em ir atrás. No dia seguinte nós conseguimos o endereço do outro já com a tia do rapaz que estava preso, ele mandou chamar ela na delegacia, ela foi lá aí ele deu o endereço, onde ele mora, o nome dele aí nisso ela procurou a gente, passou pra gente a gente levou pro nosso advogado, pra polícia e continuaram isso depois de 46 horas foi que foram em busca dele, em busca dele levar só a intimação, depois que eles levaram a intimação, mais ou menos uma hora depois passou a mãe do menino de frente a delegacia, como a gente já tinha a foto tudo, aí meu cunhado tava com a foto e conheceu ela, disse essa é a mãe do menino, aí mostrou a foto a ela e disse seu filho está sendo acusado de um roubo, seu tá fazendo parte de um roubo aí ela olhou assim e disse “Esse é meu filho” Tem uma prova melhor do que essa? Que ela mesma reconheceu o filho dela? Não foi dez minutos ela foi atrás dele numa funerária que ele tinha ido cortar o cabelo, quando foi a base de uns dez minutos chegou com o de menor na delegacia, o nosso advogado presenciou ele dizendo que fez parte do crime mais o outro em seguida liberaram esse de menor, ficou só meu cunhado e o outro, mas liberaram esse de menor, passou de sexta-feira até hoje, esse rapaz tava solto, na rua levando pressão dos outros companheiros dele, pra ele não descobrir nada, quando foi hoje na delegacia, na hora que foi ouvido, a versão dele já foi outra, disse que meu cunhado era comparsa dele, tudo isso pressão. E uma coisa, que a gente tem certeza que a polícia tá segurando ele porque espancaram muito o menino.
Luana: Vocês viram ele depois que ele foi preso?
É isso, nem isso eles querem liberar pra gente fazer visita, nem isso, então é uma prova de que eles espancaram o menino e só vão liberar quando o menino sarar. Esperamos hoje dez horas do dia, o advogado chegou pra gente e disse, prometeu soltar dez horas do dia, esperamos até as duas horas da tarde, o momento do advogado falar pra gente, disse que o delegado não quis aceitar nossas provas, a mulher continua afirmando que meu cunhado está envolvido, a versão dela sempre é essa porque agora não pode mais sair do caso que ela sabe que vai ser processada, aí foi aonde nosso advogado chegou e disse “Olhe o caso vai ficar pra sexta-feira”. Aí é nisso, vai passando o tempo, o menino sara aí é onde eles vem, depois  resolver o problema, então eu perguntei pra ele, nós vamos reagir porque na sexta-feira o pessoal já queria vir fechar a pista e eu conversei com eles e disse não, esperamos até hoje, foi um ponto final e a gente não aguentou mais, então o protesto que nós estamos fazendo é sobre isso, nós estamos tentando liberar um rapaz inocente, todo mundo, essa população é porque agora tem pouca gente, mas se você tivesse chegado cedo aqui você via, a semana todinha a gente aí fazendo caminhada, pedindo justiça na cidade, então é uma injustiça o que estão fazendo com a gente, eu agradeço muito todos que chegam repórter , pra conversar com a gente, nós estamos precisando da ajuda de todo mundo.  (Manoel José da Silva conhecido por João, cunhado do Anderson Rafael, 21/08/2012 às 23h e 32 min)
                                                                    
                                                                                                         Clínia Cássia e Luana Tavares

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