Conversamos com a família e os amigos e pedimos autorização para gravar a entrevista e divulgá-la, a nossa intenção é de divulgar as medias que foram tomadas antes do fechamendo da BR.
Teve
uma tentativa de assalto aí na cidade e na hora que a polícia foi fazer a
ocorrência o indivíduo do assaltante chegou a passar na residência da gente, na
porta da nossa casa, inclusive na hora meu cunhado tinha vindo jogar uma
bolinha aqui, o assalto foi lá no comércio, ele tinha vindo jogar uma bolinha
aqui atrás da Schin. Isso foi uma duas horas da tarde e na hora que ele chegou
em casa umas 16h os colegas com quem ele joga dominó na esquina disse: - Rafa,
pega essa tábua aí de dominó pra gente jogar dominó aqui. Na hora que ele pegou
a tábua e atravessou a rua pra chegar na esquina veio o individuo que fez o
assalto. Vem chegando perto o outro que fez tinha o cabelo moicano, foi o que a
mulher da loja falou. Aí tudo que a polícia veio fazer a, veio em busca do
assaltante, aí chegou e não procurou nem saber quem o outro menino era.
Chegaram, já botaram dentro do carro e já levaram, quando chegou lá, na loja,
aí a mulher foi fazer o reconhecimento, dentro do camburão foi fazer o
reconhecimento, ela firmou dizendo que era o rapaz. Uma coisa que ela podia
estar apavorada e na hora que aqueles homens chegaram lá ter identificado a
pessoa errada, né? Aí ficou lá, aí a gente foi pra delegacia, chegamos lá e conseguimos
falar com os homens, mas não teve jeito, com o delegado com tudo, mas não teve
jeito na terça-feira ele dormiu preso. Já entramos na mesma noite com o
advogado, várias gentes grande aqui da cidade que deram uma força e não deu
jeito. Na quarta-feira junto com o advogado e o advogado disse: - Vamos soltar.
Aí nesse caso solta hoje, solta amanhã, aí ficou pra sexta-feira, na
quinta-feira uma noite antes, quinta-feira, nós teve no fórum, o Juiz apesar da
audiência que ele tava lá no trabalho dele, oito horas da noite, mas atendeu a
gente, deu uma liberação pra gente passar pelo delegado e falou pra gente “Isso
aí só depende agora do delegado”. Na sexta-feira a gente foi pra delegacia que
tava certo pra soltar ele na sexta-feira, tava certo pra falar com o delegado.
O delegado não apareceu, nisso a outra vítima o rapaz quando foi preso disse
quem era o outro acusado, o outro assaltante, disse que não conhecia nem meu
cunhado, disse que ele não estava envolvido, disse o nome da outra pessoa que
estava com ele, que tinha treze anos, nisso a polícia não se manifestou em ir
atrás. No dia seguinte nós conseguimos o endereço do outro já com a tia do
rapaz que estava preso, ele mandou chamar ela na delegacia, ela foi lá aí ele
deu o endereço, onde ele mora, o nome dele aí nisso ela procurou a gente,
passou pra gente a gente levou pro nosso advogado, pra polícia e continuaram
isso depois de 46 horas foi que foram em busca dele, em busca dele levar só a
intimação, depois que eles levaram a intimação, mais ou menos uma hora depois passou
a mãe do menino de frente a delegacia, como a gente já tinha a foto tudo, aí
meu cunhado tava com a foto e conheceu ela, disse essa é a mãe do menino, aí
mostrou a foto a ela e disse seu filho está sendo acusado de um roubo, seu tá
fazendo parte de um roubo aí ela olhou assim e disse “Esse é meu filho” Tem uma
prova melhor do que essa? Que ela mesma reconheceu o filho dela? Não foi dez
minutos ela foi atrás dele numa funerária que ele tinha ido cortar o cabelo,
quando foi a base de uns dez minutos chegou com o de menor na delegacia, o
nosso advogado presenciou ele dizendo que fez parte do crime mais o outro em
seguida liberaram esse de menor, ficou só meu cunhado e o outro, mas liberaram
esse de menor, passou de sexta-feira até hoje, esse rapaz tava solto, na rua
levando pressão dos outros companheiros dele, pra ele não descobrir nada, quando
foi hoje na delegacia, na hora que foi ouvido, a versão dele já foi outra,
disse que meu cunhado era comparsa dele, tudo isso pressão. E uma coisa, que a
gente tem certeza que a polícia tá segurando ele porque espancaram muito o
menino.
Luana:
Vocês viram ele depois que ele foi preso?
É
isso, nem isso eles querem liberar pra gente fazer visita, nem isso, então é
uma prova de que eles espancaram o menino e só vão liberar quando o menino
sarar. Esperamos hoje dez horas do dia, o advogado chegou pra gente e disse,
prometeu soltar dez horas do dia, esperamos até as duas horas da tarde, o
momento do advogado falar pra gente, disse que o delegado não quis aceitar
nossas provas, a mulher continua afirmando que meu cunhado está envolvido, a
versão dela sempre é essa porque agora não pode mais sair do caso que ela sabe
que vai ser processada, aí foi aonde nosso advogado chegou e disse “Olhe o caso
vai ficar pra sexta-feira”. Aí é nisso, vai passando o tempo, o menino sara aí
é onde eles vem, depois resolver o
problema, então eu perguntei pra ele, nós vamos reagir porque na sexta-feira o
pessoal já queria vir fechar a pista e eu conversei com eles e disse não,
esperamos até hoje, foi um ponto final e a gente não aguentou mais, então o
protesto que nós estamos fazendo é sobre isso, nós estamos tentando liberar um
rapaz inocente, todo mundo, essa população é porque agora tem pouca gente, mas
se você tivesse chegado cedo aqui você via, a semana todinha a gente aí fazendo
caminhada, pedindo justiça na cidade, então é uma injustiça o que estão fazendo
com a gente, eu agradeço muito todos que chegam repórter , pra conversar com a
gente, nós estamos precisando da ajuda de todo mundo. (Manoel José da Silva conhecido por João,
cunhado do Anderson Rafael, 21/08/2012 às 23h e 32 min)
Clínia Cássia e Luana Tavares