Horário: das 14:00h às 18:00h.
Taxa de anuidade: R$ 3,00
+
Documentos Obrigatórios
- Comprovante de matrícula;
- Comprovante de residência;
- Cópia do RG;
- Uma foto 3x4.
O Conselho Superior da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL, em sessão do dia 23 de abril de 2009, na Sala dos Conselhos, adotou por unanimidade a presente nota de repúdio à atitude do Governo do Estado de Alagoas que, ainda no primeiro trimestre do ano, já cortou 43% do orçamento desta instituição.
Tal atitude do Governo do Estado fere o princípio constitucional que garante a autonomia universitária, além de inviabilizar o funcionamento regular e a manutenção dos serviços prestados à comunidade.
O orçamento da UNEAL para 2009, mesmo insuficiente, foi uma vitória da mobilização da comunidade universitária, com o apoio da sociedade alagoana, e NÃO PODE SER CORTADO. Tem que ser garantido integralmente para que a Universidade Estadual de Alagoas possa cumprir seu papel social e institucional, que é servir ao povo alagoano.
Ensino público gratuito e de qualidade!
É direito do Cidadão e dever do Estado!
Conselho Superior da Universidade Estadual de Alagoas.
Sala dos Conselhos, Arapiraca – AL, 23 de abril de 2009.
Relógio, meu amigo, és a Vida em Segundos…
Consulto-te: um segundo! E quem sabe se agora,
Como eu próprio, a pensar, pensará doutros mundos
Alma que filosofa e investiga e labora?
Há de a morte ceifar somas de moribundos.
O relógio trabalha… E um sorri e outro chora,
Nas cavernas, no mar ou nos antros profundos
Ou no abismo que assombra e que assusta e apavora…
Relógio, meu amigo, és o meu companheiro,
Que aos vencidos, aos réus, aos párias e ao morfético
Tem posturas de algoz e gestos de coveiro…
Relógio, meu amigo, as blasfêmias e a prece,
Tudo encerra o segundo, insólito - sintético:
A volúpia do beijo e a mágoa que enlouquece!
Mulher proletária
Mulher proletária — única fábrica
que o operário tem, (fabrica filhos)
tu
na tua superprodução de máquina humana
forneces anjos para o Senhor Jesus,
forneces braços para o senhor burguês.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.
Inverno
Zefa, chegou o inverno!
Formigas de asas e tanajuras!
Chegou o inverno!
Lama e mais lama
chuva e mais chuva, Zefa!
Vai nascer tudo, Zefa,
Vai haver verde,
verde do bom,
verde nos galhos,
verde na terra,
verde em ti, Zefa,
que eu quero bem!
Formigas de asas e tanajuras!
O rio cheio,
barrigas cheias,
mulheres cheias, Zefa!
Águas nas locas,
pitus gostosos,
carás, cabojés,
e chuva e mais chuva!
Vai nascer tudo
milho, feijão,
até de novo
teu coração, Zefa!
Formigas de asas e tanajuras!
Chegou o inverno!
Chuva e mais chuva!
Vai casar, tudo,
moça e viúva!
Chegou o inverno
Covas bem fundas
pra enterrar cana:
cana caiana e flor de Cuba!
Terra tão mole
que as enxadas
nelas se afundam
com olho e tudo!
Leite e mais leite
pra requeijões!
Cargas de imbu!
Em junho o milho,
milho e canjica
pra São João!
E tudo isto, Zefa...
E mais gostoso
que tudo isso:
noites de frio,
lá fora o escuro,
lá fora a chuva,
trovão, corisco,
terras caídas,
córgos gemendo,
os caborés gemendo,
os caborés piando, Zefa!
Os cururus cantando, Zefa!
Dentro da nossa
casa de palha:
carne de sol
chia nas brasas,
farinha d'água,
café, cigarro,
cachaça, Zefa...
...rede gemendo...
Tempo gostoso!
Vai nascer tudo!
Lá fora a chuva,
chuva e mais chuva,
trovão, corisco,
terras caídas
e vento e chuva,
chuva e mais chuva!
Mas tudo isso, Zefa,
vamos dizer,
só com os poderes
de Jesus Cristo!