AS CRÔNICAS DO BUSÃO I: A EXORTAÇÃO

“Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?”
Até Quando – Gabriel, O Pensador.
Quando passei no vestibular minha primeira sensação foi, deveras, alegria, mas agora, que estou terminando a faculdade, sinto um extremo vazio no lado financeiro da vida, se custear apenas as despesas da faculdade já é difícil imagine ter de pagar R$16,00 por semana para usufruir de um ônibus que dizem pertencer à prefeitura.

Quando eu entrei na Ufal descobri que o ônibus vespertino era inteiramente custeado pela prefeitura – incluindo a gasolina e o salário do motorista – e que os passageiros pagavam apenas para manter - ou ajudar a manter – os ônibus dos outros horários. Legal, legal, que altruísmo dos infernos! Pensemos um pouco: só no horário matutino rodam dois ônibus da Edtur ( a empresa bondosa que nos faz o precinho camarada de sempre) e, se considerarmos que cada um comporta 45 ou 46 passageiros – isso se excluirmos os que vão em pé ( que no ônibus vespertino é um absurdo) -, temos um total de, no mínimo, R$ 1.400,00, e se adicionarmos o ônibus da tarde e os três da noite... Ih, perdi a conta! Tudo bem que o aluguel dos ônibus seja caro ou que os motoristas cobrem um absurdo para dirigi-los, mas francamente: para onde vai todo esse dinheiro? Aliás, é necessário mesmo todo esse dinheiro para custear as despesas nossas de cada dia?
O que impressiona é o descaso de se afirmar que o ônibus da tarde não é responsabilidade da Edtur – tudo bem, a gente do período vespertino para de pagar e tudo certo! -, além do cinismo descerebrado que alguns estudantes tem de se mostrar grato a essas pessoas e rebaixarem-se ao lixo da chumbetagem. Muito se tem feito para suscitar debates sobre essa situação abusiva, mas a merda parece continuar na cabeça dos estudantes, que não se mobilizam para saber de coisas úteis, como orçamento mensal gasto com os ônibus e as causas do sistema privado vigorar em nossa cidade. Segundo a Secretaria de Educação do município o culpado é o número imenso de ônibus que rodam em nossa cidade. Ah, tudo bem, então. São Miguel dos Campos emite quase vinte ônibus para a capital e nenhum estudante é obrigado a pagar para ir sentado, em pé, no motor ou no corredor. Lá, eles também não pagam para não perder cadeira, outra papagaiada que suportamos calados.

Até quando vamos manter isso? Até quando vamos continuar agindo como se tudo estivesse de acordo com as regras? Até quando os estudantes que não têm condição favorável de renda vão fingir que pertencem ao comboio da elite descerebrada?
Tarcísio José

Justiça Eleitoral anula preparação de urnas em União - coligação suspeitou de fraude

Mais uma confusão na disputa eleitoral de União dos Palmares. A Justiça Eleitoral determinou a anulação do processo de preparação das urnas que serão utilizadas na eleição. Hoje pela manhã foi constatado pelo representante da coligação que apóia o candidato Beto Baía, que os cartões de memória - que alimentam as urnas - não estavam no mesmo envelope que havia sido lacrado e assinado no final da tarde de ontem pelos fiscais partidários. Resultado: as 36 urnas que já haviam sido preparadas, de um total de 117, foram "anuladas" - ou seja: terão de passar pelo mesmo processo.

Os cartões também serão substituídos e o TRE vai lançar um novo edital para reiniciar a tramitação legal. Segundo disse ao blog o secretário de Tecnologia de Informátia do TRE, Daniel Macedo, o erro foi cometido por um funciponário da comarca de União dos Palmares. Ele teria aberto ontem à noite, depois de encerrada a preparação das urnas, o envelope com os cartões - o que não poderia ter feito. O objetivo seria repassar as informações para o Tribunal Regional Eleitoral. O erro resultou na denúncia de suposta tentativa de fraude. Por este motivo, explicou, o processo será reiniciado do "zero".

Todas as urnas retornam hoje a Maceió, e os cartões de memória (que as alimenta) serão anulados e refeitos. Todo o trabalho realizado até agora fica invalidado.
Ricardo Mota - 23/09/2008
disponível em: http://www.tudonahora.com.br/conteudo.php?id=15

BOMBA NA UNEAL

Hoje, mais precisamente às 14 horas no prédio da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, membros da referida universidade, mas precisamente, uma equipe responsável pelas finanças, vinda de Arapiraca, jogou uma bomba que há tempos devia ter estourado por aqui.

Esta bomba caiu justamente no colo dos professores do Município de União dos Palmares, que ficaram perplexos ao saberem que a Prefeitura através da Secretaria de Educação não paga à UNEAL a exatos 5 meses, referente ao Programa de Graduação de Professores - PGP.

Os professores têm descontado todo o mês R$ 84,00 e não vem sendo repassado, sendo União dos Palmares a única prefeitura em débito com a Instituição. Haja vista, que os outros municípios vizinhos estão em dia, assim como os alunos destes não pagam e têm transporte gratuito para virem estudar aqui em União. Este episódio também lembra estudantes que se locomovem para Maceió e não recebem incentivo nenhum do Município.


Nesta segunda-feira 22/09/2008, uma comissão de alunos estará na Secretaria de Educação do município para cobrar uma solução.

Então pergunta-se: é pra isso que temos que deixar o homem trabalhar?

O gato miou pela cidade hoje o dia todo, mas quem engoliu uma bola envenenada foram os professores que estudam no PGP da UNEAL, que ficaram revoltados com tamanho descaso.


E onde está o dinheiro destes meses que descontaram? Com a palavra o AMIGO Prefeito.

A Saída

Gostaria de realizar neste processo eleitoral aqui no nosso blog uma discussão sobre o voto, já que os comentários sobre a forma de espressá-lo estão bombando.
Aqui fica a Enquete, através de comentários nós defendermos aquilo que achamos o melhor, com justicicativa.

O voto em candidatos
O voto em branco
O voto nulo.

Acredito que será um bom exercício.

Vamos às defesas.


Sérgio Rogério - ACORDA UNIÃO

E AGORA É CREEEEEEEEEEEU!

Estamos no período eleitoral, que elegerá prefeito e vereadores. Todos os artifícios para expor o projeto das candidaturas ao eleitor são usados pelos Marqueteiros de plantão, todo artifício possível (cartaz, folder, pinturas em paredes, adesivos de todas as cores e tamanhos, comícios, programa de rádio e por aí vai). Também muito usado, e um saco pra maioria dos eleitores, é o Jingle. O que é? A peste da música da campanha do candidato.
As propostas dos candidatos para governar União dos Palmares, é o que o povo desta cidade quer ouvir, propostas que tragam soluções para resolver os problemas de Saúde, como do HSVP, que em péssimas condições, foi devolvido pelo Grupo JL, por que perdeu a eleição; Educação, temos escola funcionando sem estrutura, ou que, após sua construção ameaça desabar; ruas sujas e sem Saneamento, como o Loteamento Santa Maria Madalena e o tradicionalmente conhecido, Terrenos, Abolição, Santa Fé, Multirão (...). Ao contrário só ouvimos nos palanques ofensas entre as candidaturas do “Amigo” e do “Dr.”. Além da baixaria dos comícios e dos programas de rádio, somos obrigados agora, a escutar uma paródia desgraçada do tal CREEEEEEEEEEEEU. Uma afronta à inteligência humana, esta maldita coisa (“música”), tomou conta do país, imposto goela baixo, pela mídia nacional e agora está na campanha de União.
Vejam até que ponto chega a criatividade daqueles que querem governar União. Além de espírito de defunto que baixa e escreve carta para pedir voto para candidato, tem uma música burra, achando que o povo é burro.

ACORDA UNIÃO!!! Voto não tem preço tem conseqüências. São quatro anos amargando o erro.
Márcio Ferreira
Biblioteconomia - UFAL

E AGORA, (E)LEITOR? OU AS DESAVENTURAS DE UMA CRÔNICA PARTIDÁRIA

Três portas surgiram para que você e eu abríssemos nessa eleição. Uma delas pode guardar um futuro brilhante para União dos Palmares, as outras podem liberar um armagedom sobre nossa cidade. E agora, (e)leitor? É preciso pensar bem, pois são necessários quatro anos para tentar corrigir um erro eleitoral.

Porta Nº. 1: Um secretário de educação que vem sustentando sua campanha em cima da imagem de um defunto que pouca coisa fez e muita esmola deu ao povo, o discurso condolente vem conquistando os emotivos e os que não sabem diferenciar homenagem aos mortos de encenação abusiva para marketing próprio. Contudo, sejamos justos, Sua Excelência praticou ações memoráveis: construiu, em um conjunto residencial pobre, uma escola de aparência estonteante que está quase sendo levada pelo rio Mundaú – e olha que estamos longe do aquecimento global – e permitiu que as passagens dos ônibus dos estudantes aumentassem sem relutância alguma. Agora, que assumiu a prefeitura, ordenou a reforma da praça do Alto do Cruzeiro, enquanto os “Terrenos” ainda afunda na lama e nos esgotos.

Porta Nº. 2: um médico renomado que vem construindo sua campanha em cima de quadro verídico do que o secretário de educação não fez e de promessas que soam como falsas até para quem já está acostumado com a mentira. Aliado a ele, na coligação de corruptos e aproveitadores, está uma estrela que um dia teve meu respeito e, subitamente, converteu-se em energia negativa pela pura ânsia da vitória. O partido ainda mostra um hospital “privado” como modelo para o que eles irão fazer com o “lixotal” municipal, esquecendo-se de há uma enorme diferença entre dirigir um lugar cuja metade dos pacientes tem finanças estáveis e que sequer oferece um leito de morte para pacientes que por lá aparecerem.

Porta Nº. 3: Uma funcionária pública de causas empobrecidas que vem tecendo sua campanha com fios de propostas e palavras que soam aparentemente utópicas por remeterem aos velhos discursos socialistas um tanto generalizados e prenderem-se nas teias das teorias – o povo quer ouvir como fazer o que eles já sabem que é preciso fazer. Ao seu lado, um homem que ao ver de outros candidatos não se cansa da derrota e que ao ver do povo é só mais pobre coitado. O único lado negativo que os palmarinos enxergam neles é a ausência de recursos que os possibilitem dar esmolas e subornar os eleitores.

Chegamos, então, ao ponto crucial, o momento em que lhe faço a pergunta mais relevante: Qual das portas você irá abrir? Essa resposta cabe unicamente a VOCÊ, só você pode respondê-la coerentemente. Eu, infelizmente, ignoro os laços afetivos e sigo em direção à porta do voto nulo.


Tarcísio José - Letras - UFAL