A DOENÇA MALDITA

Escutei falar no rádio
Sobre doença malvada
Que ataca o pessoal
Se deixar água parada
Ela mata aos pouquinhos
Seja de novo a velhinho
Se a gente não fizer nada.

Lá no meu rádio dizia
Que essa doença infeliz
Quem causava era um bichinho
O nome eu não entendi
Será que é taturana
Esse bichinho sacana?
Só que ninguém nunca diz.

Eu acho que é ele mesmo
Comecei a entender
Se nasce em água parada
E maltrata todo ser
Só pode ser ele então
Se instalou em União
Antes
mesmo de eu nascer.

Águas limpas de progresso
Já parada a um tempão
De pai pra filho é passado
O governo de União
E o desenvolvimento
Não se ver nenhum momento
Só se ver corrupção.

A cidade tão bonita
Ta há tempo doentinha
Nada muda, nada anda
Em favor da classe minha
E o povo sem futuro
Trabalhando e dando duro
E a água paradinha.

Ninguém tem perspectivas
Por causa dessas mazelas
Passa ano, chega ano
E a mudança, cadê ela?
Tudo gira no esquema
O foco é lá na jurema
Por trás de uma cancela.

Me pergunto entristecido
Muito bravo e aperriado
Até quando essa história
Que faz parte do passado
Vai aperriar a gente
Feito o cão com o tridente
E o município ferrado.

Tá na hora de fazer
Esse bicho se danar
E a cura é muito simples
Permitir água mudar
Porque se ficar parada
A cidade tá lascada
Mais quatro anos de azar.

Tá na hora de usar
O poder de eleitor
Ele é determinante
Ele é forte, sim sinhô
Usando nosso poder
Taturana vai morrer
Vai ser só paz e amor.


Gilmar da Pindoba



3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns! Muito criativo. Acertou bem encima da doênça. Depois de ler esse santo texto até me sinto melhor.

Anônimo disse...

Parabéns,
Que criatividade! Gostei demais do texto sobre a doença maldita.
Continue.
Que haja outros viu?

Tarcísio José disse...

otimo texto e o criterio cordel eh brilhante.
faz jus ao curso.
parabens.